Será que o CRB se tornou um iceberg?

O Clube de Regatas Brasil vive hoje tempos difíceis. A indefinição para a temporada de 2019 atrapalha o clube, que não contrata, não dispensa, não renova, não faz nada. O comando executivo do Regatas segue em dúvida, Marcos Barbosa se mostra como única opção, debochando do estatuto que não permite que o mesmo continue no clube. Alguns nomes surgem, outros já surgiram, mas nenhum aparece para ficar.
Essa face oculta do conselho e da diretoria do clube nos esconde um perigo maior do qual podemos imaginar. Não é de hoje que o CRB tem dirigentes demonstrando interesse em cargos, e logo depois somem e não aparecem.
Para se entender a situação, só olhar o histórico do nosso atual presidente. É certo que o mesmo possui vários escândalos em sua vida, envolvimentos em diversas situações na política alagoana. Muitos entram no clube com o objetivo de ajudar, incluindo aí torcedores que chegam ao conselho como "voz dos torcedores", mas acabam saindo ao ver que não conseguem fazer muito.


Será que o medo de ser repreendido pode ser um grande motivo? Temos grandes nomes que poderiam realizar diversas funções dentro do clube. Vejamos Toroca, grande nome do vôlei nacional, que poderia estar a frente de outras modalidades no Regatas, como o vôlei, por exemplo. Ex-jogadores que poderiam participar das categorias de base, empresariando e até ajudando no desenvolvimento dos atletas, como Calmon, Roberval Davino e até o empresário Thiago Paes, que já trabalhou no clube em uma parceria há alguns anos atrás. Como também há um boato do dono da Sococo (Emerson Tenório) ser torcedor do clube, e poderia patrocinar o Galo, mas não sei se o boato é verídico. 
Kennedy Calheiros é um nome forte nesses últimos dias, já que se opõe totalmente ao presidente Marcos Barbosa. É um empresário forte, presidente do grupo Sebrae em Alagoas, e como é um homem endinheirado, poderia saber administrar bem a equipe.


Vivemos neste impasse. Um presidente que teve seus méritos, mas que carrega a insatisfação do torcedor com campanhas pífias em competições nacionais e regionais. Marcos Barbosa tem em caixa um valor que nenhum presidente do clube jamais teve, e mesmo assim não consegue obter nenhum resultado superior a qualquer outro já obtido. É certo que outros clubes também estão bem financeiramente, mas somos sempre um dos que mais gastam, mas um dos que mais erram.
No momento, dizem que ninguém deseja assumir o clube por conta da falta de transparência. Mas será mesmo só isto? Rafael Tenório ao assumir o rival tinha uma situação pior que qualquer uma já vivida pelo CRB em sua história, e hoje está aí. Pelo que parece, o Galo tem erros que amedrontam qualquer um que viva os bastidores. Nosso diretor de futebol era um funcionário fantasma da Assembléia, nosso presidente é envolvido em casas de apostas, e carrega ainda um suposto envolvimento de mala preta no jogo contra o Fortaleza na Série C de 2011. E há várias coisas que andam a comentar, como até o envolvimento de Alarcon com empresários, ganhando dinheiro para contratar jogadores.
Será que existe um medo que impossibilita qualquer um de tomar a frente do clube?


Precisamos de soluções, de pessoas que não se acovardem, que irão em frente sem medo do que pode acontecer. A imprensa vende uma imagem de que Marcos Barbosa é a única opção, mas o que este iceberg esconde? O que realmente deve impedir a oposição de toma partido? Sabemos que o CRB é um clube com receitas milionárias, e mesmo assim não há ninguém que queira administrar esse clube? Não sei, o que se vive dentro do Galo deve ser pior do que qualquer torcedor chegue a imaginar, e nos resta torcer para que o pior não aconteça.

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