Até quando esperar?

Um dos reforços mais badalados no CRB, hoje é o mais criticado. O jogador que recentemente no Brasil defendeu camisas pesadas como o Figueirense, América/MG e até Botafogo/SP, ainda não mostrou o quanto deveria ter mostrado. Certo que não coloquei a Chapecoense como clube em que defendeu, mas não foi citada por Rafael não ter uma sequência tão firme na equipe como teve nas outras citadas.



Não é sua primeira passagem pelo Nordeste. Afinal, o carioca de 33 anos que passou pela base do Angra dos Reis foi revelado no Bahia. Em pouco mais de 10 anos em sua carreira, nunca terminou uma temporada sem defender algum clube estrangeiro. Sempre começando ou terminando a temporada fora do país.
Ficou de 2009 à 2015 defendendo equipes da Europa e Ásia. Mas quando retornou ao Brasil, defendeu o Figueirense e foi titular de forma considerável na equipe, dos 69 jogos que o Figueirense disputou, Rafael Bastos foi titular em 33.
Consequentemente conseguiu titularidade no América/MG e Botafogo/SP. Na Chapecoense não obteve muitas oportunidades. Mas daí já podemos perceber que não é só por ter ficado fora do país que não podemos julgar suas atuações. 
Chegou no Figueirense após ficar seis temporadas fora do país. E mesmo assim conseguiu titularidade de cara na equipe catarinense. Em sua quarta partida por lá, já havia marcado gol e dado duas assistências.

Esperar?

É a única forma. Mesmo não mostrando resultado, sabemos da qualidade do atleta. Foi titular por dois anos numa Série A. Claro que no América não jogou por muito tempo no Brasileiro daquele ano, mas mesmo assim foi peça importante no título mineiro. É certo que ele não parece ser um jogador que jogue como meia-armador. Tem arrancada, bom passe, mas ainda oscila muito quando é necessário que o jogo seja rápido demais. 
Rafael mostrou que não pode ser aquele jogador que vai decidir com um toque longe da área. Vai ser sempre aquele que vai cadenciar a jogada, e isso ele está conseguindo. O maior problema é ele não ser tão participativo no jogo. Não ser aquele cara que sempre é a opção número um do passe na "zona de criação". Para termos uma ideia, maioria dos gols do CRB na temporada estão sendo sempre numa jogada repentina de cruzar a bola ou fazer a jogada no fundo. Claro que houve gol de pênalti e falta, mas nenhum gol teve aquela característica de que o meia cria a jogada e deixa o atacante fazer o gol.
Rafael precisa ser mais participativo no jogo, mostrar mais seu futebol. Sabemos do seu talento, e notamos alguns passes interessantes em que o mesmo deixou seus companheiros livres para o gol, mas ainda lhe falta mais participação, mais criação de jogadas. E se for feito, ele poderá continuar atuando como meia. Não precisa nem centralizar tanto o jogo, é só facilitar o trabalho dos pontas que já estaria de bom tamanho.

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