Falta ambição, senhor presidente!

É inegável o crescimento do CRB nesta década. Desde que assumiu o clube em dezembro de 2010 e iniciou seu mandato em 2011, Marcos Barbosa tem com o Regatas ótimos números. São cinco estaduais, dois acessos para a Série B, etc. Mas tudo tem seu fim, não é mesmo?
Nesta temporada tudo estava para ser "O ANO!". O clube havia acabado de fechar o ano com uma marca histórica de vendas com seu novo material esportivo. Segundo o Grupo SB, o Galo foi o que mais vendeu entre as três marcas no qual o grupo gerencia (Numer, Rinat e Super Bolla), sendo incríveis 28 mil vendas ao longo do ano.
Vamos supor que os produtos que variam entre 90 reais e 180 tem em média um número de 130 reais. Ou seja, se multiplicando este número médio dos acessórios do clube mais o valor de peças vendidas, chegaremos a um valor de R$ 3,640 milhões de reais com vendas de acessórios.
A temporada começou avassaladora no estadual, apenas uma derrota em dezenove jogos disputados. Mas o fracasso na Copa do Nordeste e Copa do Brasil, mesmo sendo o favorito, não deu outra, vexame total. A esperança era a Série B, conquistar o acesso e apagar o vexame do primeiro semestre. Mas tudo deu errado após uma sequência de cinco derrotas no início da competição. Onde o clube saltou da primeira colocação para a penúltima.

Quem é o culpado?

Era comum no início da temporada ou até mesmo antes no início da Série B as especulações sobre novas contratações no CRB crescerem de forma fulminante a cada vitória conquistada pela equipe. Nomes como Alan Mineiro, Pimentinha, Édson Silva, Carlos Alberto, Bill e Eduardo Ramos foram citados com frequência no clube, mas nenhum fechou. Não por falta de estrutura, dinheiro. A diretoria simplesmente não quis contratar, ignorou qualquer conversa.
No ano passado as contratações foram boas para a Série B, mas faltou (assim como esse ano) novas contratações para o segundo turno. O elenco que era bom, ficou apenas no bom. E viu equipes como Bahia, Avaí crescerem ainda mais na reta final e superar o Regatas.

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A insatisfação não fica só nas contratações, nenhum jogador foi dispensado pelo clube nesta temporada. Além do baixo rendimento dos atletas em campo, os que nem chegavam a ser relacionados não eram dispensados, muito pelo contrário, continuavam no clube treinando livremente. Treze jogadores foram anunciados para a Série B, nenhum cumpriu o esperado. Talvez um ou dois, que é o caso de Tony e Rodrigo Souza, mas não chegam a ter uma regularidade.
Faltou para o CRB em 2017 o que sobrou em 2016. Um time recheado de jogadores que não dispensa ninguém, não contrata ninguém. A defesa é a mesma da Série B de 2016. 

Faltou dinheiro?

300 mill da Copa do Brasil.
600 mil da Copa do Nordeste.
1,5 milhão da Caixa.
3,64 milhões de vendas de acessórios em 2016 (preço estimado. caso cada item fosse R$ 130).
5,4 milhões da Série B.

Totalizando: R$ 11,44 milhões de reais

Com estes números, parece que não faltou, não é mesmo? O sócio-torcedor praticamente cobria totalmente as despesas do CT, ou seja, não há desculpa suficiente que prove o contrário de que não faltou dinheiro para investir melhor no ano de 2017.

Elenco que falta peças e contratações para a mesma função

Elenco da Série B em 2017:
4 goleiros (Edson, Juliano, Cris e Bruno)
4 laterais (Marcos, Eduardo, Diego e Botelho)
5 zagueiros (Audálio, Boaventura, Gabriel, Éverton e Adalberto)
6 volantes (Adriano, Danilo Pires, Rodrigo Souza, Yuri, Tinga e Jorginho)
2 meias-armadores (Élvis e Tony)
9 pontas (Chico, Marion, Ratinho, Clebinho, João Paulo, Emaxwell, Rodolfo, Pablo e Erick Salles)
2 centro-avantes (Zé Carlos e Neto Baiano)

Saíram: Maílson, Ytalo, Jerffeson, Elias e Sergio Mota

É bem óbvio que faltam contratações, mas também faltam dispensas. Dos nove jogadores que atuam flutuando pelas beiradas, apenas cinco estão sendo utilizados. Dos seis volantes, um nunca joga. Dos quatro goleiros, dois nunca sonharam em jogar. E dos dois meias-armadores, nenhum cumpre as expectativas, e quando um joga pior, o outro ganha chance.

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