O sonho se despedaça aos poucos, e a fé segue indo embora

Foto: GE
O ano do CRB começou meio conturbado, parte dos torcedores estavam contra o treinador Mazola, e outra parte acreditava em seu trabalho. Primeiro ano com o complexo de treinamento entregue, e pronto para uso, o Regatas trouxe para o Brasil, o jovem Luidy. O garoto trazia para campo o amor que o torcedor transbordava na arquibancada. A cada gol do menino, era um sorriso estampado em seu rosto, mostrando a sua alegria para o torcedor.


Pois é, o título de campeão alagoano veio sobre o maior rival, após uma campanha espetacular deles, e um favoritismo gigante. Até a 18ª rodada da Série B, o Galo tinha uma campanha impecável. Sendo derrotado apenas duas vezes em Maceió, e três vezes fora de casa.  Mas uma derrota para o Brasil de Pelotas, mudou tudo. Naquele momento, tudo mudava para o CRB. Da 18ª rodada até a atual, o Galo conseguiu vencer apenas duas vezes, sendo contra os únicos clubes paulistas na competição. Foram vitórias por 3 a 0 contra o Oeste (16º colocado) e 2 a 1 contra o Bragantino (17º colocado).


Grande insatisfação da torcida, que colocava fé nos jogadores, e até ria quando algo extra-campo acontecia. Faltando oito rodadas para o fim do campeonato, nós se perguntamos: O que realmente quer, este elenco do CRB? 

Jogadores recebendo seu salário mensal de forma correta, e tendo até a premiação de 2 milhões de reais para o elenco, caso ocorresse o acesso para a Série A. Nos assusta, ver um time que para o Brasil, era uma surpresa e começava a ser respeitado no primeiro turno, hoje é motivo de riso até para os próprios torcedores. Falta vergonha, será? Vários momentos o CRB teve de estar com menos um em campo para começar a jogar futebol. Foi assim contra o Paraná no primeiro e no segundo turno, e foi assim contra o Bahia. 

O torcedor comparece, faz a festa, rua de fogos, canta já pensando em perder a voz, mas não é respondido mais dentro de campo. Do que adiantou os públicos superiores a faixa de 10 mil, se o elenco se alto limita dentro de campo. Poucos jogadores correm atrás da bola, efetuam o desarme e já estão prontos para outra jogada. Poucos escutam os apelos do torcedor na arquibancada. Não façam isso com o nosso sonho. São 32 anos sem disputar o Campeonato Brasileiro, apenas um terço da torcida viu o CRB jogar uma Série A. Sejam os nossos ídolos, se transformem, joguem por vocês, já que se não houver determinação do próprio elenco, o mesmo está se auto-desvalorizando.

Este acesso seria bom para todos. Para os jogadores, ganhar visibilidade no mercado. Para os dirigentes, uma maior cota de patrocínio, e televisão. E para nós torcedores, o prazer de ir ao estádio ver seu clube chegar a elite do futebol nacional.

Boa parte do elenco está desde o estadual. Eles devem conhecer por nome os maiores ídolos do clube. Mas imaginem, vocês sendo idolatrados por uma torcida imensa como esta? Ver Olívio ser idolatrado, não os motiva a seguir os mesmos passos do mesmo? Pensem em vocês, pensem em nós. O clube tem estrutura suficiente para levantar vocês quando caírem no gramado, ou se contundir. 

O nosso sonho ainda não acabou

Para conquistar o acesso sem combinação de resultados, é matematicamente possível um acesso com mais seis vitórias do CRB. Sendo quase impossível, mas acreditável. Muitos clubes conseguiram escapar de rebaixamento vencendo nove ou dez partidas seguidas, com uma situação bem pior que a nossa. Então, com no mínimo cinco vitórias, o CRB já chega na última rodada precisando depender só de si. Só basta ter FÉ!





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